Os testes são feitos em condições
controladas de temperatura e umidade. Quando são analisados alimentos que duram
mais, o ambiente é alterado para que as mudanças aconteçam mais rápido. O
processo é chamado de avaliação de estabilidade acelerada. “Em um teste com
azeite, por exemplo, as amostras receberam luz direta por 12 horas diárias
durante seis meses. Depois, calculamos a quanto tempo isso equivale”, diz
Renata.
As amostras são checadas em intervalos
regulares para detectar alterações microbiológicas, de cor ou de textura. Pelo
menos três embalagens são abertas por vez para o caso de defeitos de
fabricação. Depois, o material é descartado e as amostras restantes continuam
no ambiente até completar os testes.
Os testes microbiológicos são os maiores
determinantes da vida do produto. Mesmo se o produto continuar com aspecto
idêntico ao original, o número de micro-organismos é o que o torna impróprio
para o consumo. Os limites para cada classe de alimentos obedecem aos padrões
microbiológicos estabelecidos pela ANVISA.
Provavelmente nenhuma. Existe uma margem de
tolerância em cada prazo de validade para evitar possíveis erros. Se a data de
vencimento de um produto é um ano após a fabricação, pode ser que ele só
estrague um ou dois meses depois do que o rótulo diz. Mas essa margem varia de
fabricante para fabricante, então o recomendável é não consumir nada que já
esteja vencido.
Qualquer um, dependendo das condições de
armazenamento. Normalmente, é feito um estudo para determinar esse prazo. Se as
condições a que se submete o alimento forem muito diferentes das usadas para
fazer os testes, pode ser que ele estrague antes do previsto. Alguns fatores
que contribuem para isto são exposição à luz e altas temperaturas.
Os mais velhos dizem que, antigamente, não
existia prazo de validade e ninguém passava mal por causa disso. A qualidade
dos alimentos mudou?
Mesmo hoje, é difícil identificar
intoxicações alimentares, já que as pessoas não relacionam imediatamente um
mal-estar a um alimento que pode ter sido consumido em más condições. O que
mudou é que hoje damos mais atenção a este tipo de problema. Não significa que
não acontecesse antigamente.
Qual o alimento mais perigoso para consumir
fora da validade? E o menos perigoso?
Em alguns casos, sim. Se o produto for
congelado, dura mais, porém é difícil saber quanto tempo, já que isto não é
indicado no rótulo. Existe o risco de deixar o alimento no congelador e ele
estragar mesmo assim, por isso a prática não é recomendável.
Existe um ditado que diz: “água parada é
água estragada”. Se você pegar água da torneira, deixar em um recipiente de um
dia para o outro e depois fizer uma análise microbiológica, ela vai estar cheia
de micro-organismos. Por mais que a embalagem de plástico seja estéril, contém
oxigênio e água. Isso já é o suficiente para a reprodução de seres vivos.
Fonte: Guia dos Curiosos
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